domingo, 18 de maio de 2008

A DIFÍCIL ARTE DE FAZER AS MALAS.


Oi,

Apesar do assunto ser recorrente, não pude deixar de escrever sobre arrumação de malas. Aliás, o que chamo de “a difícil arte de fazer as malas”. Sim, muito difícil, pelo menos para mim.

Há dois dias atrás passei por angústias não anunciadas quando planejei uma viagem.

Primeiro passo na arrumação das malas, escolher a dita-cuja. Pra mim, a escolha da mala teria de ser tamanho versus quantidade de dias. Pois bem, peguei a maior mala que tenho e que, se duvidar, de tão grande cabe eu dentro e sem precisar esquartejar. Além disso, num passe de mágica puxa-se um ziper e a mala amplia de tamanho. Pensei ser precavido, caso eu queira trazer algo dessa viagem…

Mala escolhida é hora de abrir o closet e decidir pelo o que levar. Oh dúvida cruel (parafraseando o post anterior)! Nestas horas eu gostaria de ter o espírito de um mochileiro, pra carregar tudo numa backpack. Noutras horas dá vontade de pedir uma mãozinha pra mãe Dinah.  Só mesmo uma adivinha para dizer como estarão os dias, qual será a sua vibe, para eu escolher somente o que precisarei de fato.

Sem espírito mochileiro e sem mãe Dinah, fui coagido pela boca aberta da mala a entregar o que usarei pelos próximos cinco dias. Malas feitas, vem as opiniões alheias. Sua mala está pesada demais! Esta de mudança? Tá levando a casa? Comentários a parte, era aquilo que eu queria levar, pelo menos até horas antes de voar. Tantos comentários renderam uma neura. Excedi o peso permitido. Mas também, quem é esse que prescreve 23 quilos? Deve ser algum pseudo-mochileiro. E pra adivinhar se o peso excedeu? Fiz o absurdo de pegar sacos de arroz de 5 quilos, sobrepô-los e comparar com a mala. Nos meus cálculos eu tinha excedido. E agora? O que tirar? Inferno de 23 quilos. Pensei em pagar o excesso, mas também disseram que é caro. Pra não querer conferir, comecei um exercício mental de produzir os looks dia a dia. Sei que isso tinha de ser feito na hora da escolha das roupas, mas eu não consigo. Não tenho esse senso analítico. Pois bem, começo tirando um tricot, depois uma jaqueta, depois algumas camisetas, a seguir uma calça, outra calça pra fora… e a mala vomitando roupa. Enfim, roupas para fora e ainda a suspeita de pesada demais. Paciência, vou assim mesmo!

Dificuldade para carregar a mala, dificuldade para passar entre os carros na garagem, dificuldade para por dentro do carro. As dificuldades pareciam somente estar começando. No aeroporto, outro momento de apreensão. Depois de perguntas indiscretas de quem fez a mala, onde esta mala estava, quem trouxe a mala comigo, e que tipo de objetos tinha dentro, chega a hora de pesar a mala no check-in. Ai, ai, ai…

Todo esse percalço e nem sinal de um site que ensine a como arrumar uma mala fashionista. Há várias dicas que ditam levar uma calça, um tênis, um sapato. Estão loucos? Quem consegue fazer produção com um tênis? Nestas horas me faz falta não ter comprado o Chic da Glória Kalil.

Bom, se você começou a ler esperando que este post teria dicas arrasadoras. Esqueça! Já deve ter dado para perceber que não sou nenhum catedra no assunto. Muito pelo contrário. Olho, reolho, olho denovo e não demoro muito para escolher. Ainda acho que escolho errado, não sei. Os próximos cinco dias dirão…

Resumo da ópera, a famigerada mala tinha apenas 16 quilos. Ufa!

r.

Nenhum comentário: